sábado, 28 de abril de 2007

O inglês

Oi gente,
obrigada aos que deixaram comentário no post anterior, continuo firme no propósito de me preparar para o mercado de trabalho canadense. Estou a um passo de convencer o meu chefe a bancar o curso de design gráfico. Eu achei que isso seria impossível, mas ele ficou tão sem jeito por ter me preterido em uma promoção que disse que vai fazer o que estiver ao seu alcance para me recompensar. Tipo prêmio de consolação. rs Para mim, já está de bom tamanho.

Respondendo um pouco aos comentários, acho que é uma unanimidade a importância de se aperfeiçoar o máximo possível na língua inglesa antes de ir para o Canadá. Concordo plenamente. Sem falar a língua local fica difícil conseguir qualquer coisa, quanto mais um emprego. :) Por outro lado, eu acredito que, se eu chegar lá falando perfeitamente o idioma, mas sem nenhuma qualificação, vou fazer o trabalho que todo o imigrante e os próprios canadenses sem qualificação podem fazer: lavar prato, manobrar carro, fritar batatas e, no máximo, ser garçonete ou vendedora de loja. Nada contra nenhum destes trabalho. Na verdade, eu até quero que eles apareçam. Estou disposta a viver esta experiência no primeiro ano pq acredito que essa vivência pode me ajudar a destravar a língua. Mas preciso também investir na minha preparação para o mercado de trabalho aqui.

As ferramentas são as mesmas no mundo inteiro e os cursos no Brasil são cobrados em real. Vale lembrar também que aqui eu estou empregada e posso dispor de dinheiro para pagar pelos meus cursos. No Canadá eu estarei desempregada, vendo o dinheiro sair sem dizer nem até logo. Não sei como funcionaria a minha cabecinha se além de não ter emprego ainda tivesse de arcar com despesas que vão além do extremamente necessário (casa, comida e transporte).

Também acho que ao dizer que o meu inglês era meia boca dei a entender que não falo nem entendo nada. rs Meu inglês é semelhante ao do meu marido. Acredito que se tivesse feito a prova do Ielts teria tirado mais ou menos a mesma nota que ele conseguiu, um 7 no geral. Talvez variando um pouco entre os quesitos. Escrevo um pouco melhor que ele e falo um pouco pior. Enfim, não estou partindo do zero no inglês não. E nem recomendo que ninguém o faça. Também estou fazendo o que a Jeanne recomendou, assistir filmes em inglês sem legenda e estamos estudando a idéia de colocar TV a cabo em casa. Os filmes a gente entende na boa, vamos passar para o próximo degrau: os jornais. rs O Ênio continua fazendo curso de inglês e eu vou retornar também. Mas tenho certeza de que craque mesmo a gente só vai ficar quando estiver morando no Canadá.

Um abraço,

Carol

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Entrei no jogo

Eita falta de sugestões. rs Acho que meu e-mail não deu ibope. De qualquer maneira, voltei aqui para falar daquele nosso velho assunto: A CARTA. Onde andará, que não quer chegar. Enfim, pelo menos conseguimos resolver a questão dos diplomas (o meu, desaparecido e o do Ênio, enfim reconhecido). A UnB finalmente recebeu o tal papel especial e já nos avisou que podemos buscar os nosso preciosos. Isso era o que estava dando mais medo. Acreditamos que a nossa cartinha de pedido de documentos já deve estar chegando, demos entrada em novembro, de lá para cá já se foram cinco meses.

Tanta espera faz a gente pensar. Talvez por isso o processo precise mesmo ser longo. Para fazer a gente pensar. Hoje, por exemplo, eu decidi sair da postura confortável e passiva de acompanhante. O sonho é nosso, mas desde sempre eu apostei todas as minhas fichas no meu amado, só pq ele é da área de TI e eu sou uma jornalista com experiência apenas na área de assessoria de imprensa governamental. Somando a isso o meu inglês meia boca, acabei colocando toda a expectativa no coitadinho. Eu iria estudar muito, talvez refazer a faculdade para só então começar a trabalhar. E o Ênio? Rala escravo. rs

Muita carga nos ombros do menino. Resolvi entrar no jogo. Eu comecei minha vida profissional (nos idos 15 anos) como diagramadora. Continuei diagramando, em caráter amador, em todos os meus empregos desde que me formei. De um jeito ou de outro isso sempre valorizou o meu passe. rs Se o chefe queria um informativo interno, a Carol fazia. Folder, deixa comigo. Revistinha, publicação, o que vier a gente traça. rs Só que isso sempre foi feito de forma amadora, como um plus, não como profissão.

Acontece que eu acredito que posso me tornar muito boa nisso, desde que aprenda a dominar as ferramentas (Indesign, Photoshop e Coreodraw, pelo menos). Trabalho com todos eles, mas daquele jeito... nas coxas. Vou me matricular em um curso técnico de design gráfico e aprender direito, explorar o que eles podem me oferecer e, talvez, abrir uma nova porta para mim no Canadá. Se não pintar um emprego, pelo menos posso oferecer meus serviços no comércio. Virar mascate de mim mesma. Afinal, qual é a venda ou mercadinho que não precisa de um panfleto. rs

Desejem-me sorte,

Carol

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Sugestões

Primeiro eu queria agradecer a todos os que comentaram o post passado. Pelo que vi, não sou a única que tem ou teve problemas com os irmãos. É tudo tão fácil quando a gente é pequeninho, não é? O amor é simples. Enfim... obrigada mesmo gente por compartilhar comigo aquela boa notícia. :)
Voltando aos negócios. rs
Eu criei um e-mail para o blog. Ele está bem aqui do ladinho, abaixo de contatos. É o brancasnuvensca@hotmail.com. Como estamos na espera pelo pedido de documentos, acabamos só pensando nisso, o dia inteiro, todos os dias. Daí fica difícil de postar. Não dá para escrever toda a semana a mesma coisa: "A carta não chega. Não chega a carta". :) Sei que tem bastante gente que entra no blog e não comenta por N motivos, acredito que um dos motivos é não ter blog. E o meu pedido vai exatamente para os sem blog. Me mandem e-mails com sugestões de posts. Perguntem que, se eu soube, eu respondo. Se eu não souber, pesquiso, procuro, peço socorro. rs

Abraço,
Carol

obs.: Os com blog podem me escrever também, viu?

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A vida não pára.

Olá,
já que não tenho muitas novidades do processo para contar, resolvi escrever outro post do tipo íntimo e pessoal. :)

Sei que esse post pode não interessar a maioria de vcs, que nós acompanha, mas é muito importante para mim. Sabe aquela vontade quase insuportável de contar uma boa notícia? De gritar uma boa notícia, a melhor notícia? Então vamos lá.

Bem, quando escrevi sobre os meus objetivos para este ano de espera, coloquei entre as metas pessoais batizar o meu priminho e dizer ao meu irmão que eu o amo e que sinto muito a sua falta. Fácil, né? Não, a vida é sempre tão complicada.

O motivo de sentir falta do meu irmão era um só, estávamos muito longe e não só fisicamente. Por algumas atitudes dele, que eu considero erradas, e por outras minhas, que ele considera como verdadeiras traições, ficamos distantes. Nós falando, mas sem o carinho que sempre tivemos um pelo outro. Ele é meu único irmão, meu irmão mais velho, meu ídolo.

Então... no último final de semana eu fui à Curitiba batizar o meu primo (ele esperou 11 anos tadinho), mas o batizado aconteceu na hora certa. Não tinha como nos evitar, eu sou a madrinha e ele o padrinho. Tivemos que ficar perto, bem perto, do corpo e do coração. :)

E o sermão foi tão bonito, e fazia tanto tempo que a gente não se abraçava, e eu estava com tanta saudade, que não foi nem necessário dizer o quanto eu o amo e nem o quanto eu sinto a sua falta. O contrário também não foi preciso. Ficou claro que para ele é mais fácil me evitar que me ignorar. Nós nos amamos sim. Somos irmãos e isso não vai mudar nunca.

Esse final de semana foi mágico, foi único. Eu chorei de alegria em ver que o amor que eu julgava perdido sempre esteve lá, escondido em um mar de mágoas, cada vez mais profundo, me afastando dele e a ele de mim. Deus queira que nós tenhámos conseguido ultrapassar esse mar para sempre.

Enfim, duas metas cumpridas, as maiores, as melhores. Batizei meu priminho e ainda disse, sem palavras, o quanto amo meu irmão e quanto ele é importante para mim.

Carol