quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ikea

Pois é,
a gente roda, roda e vai parar na Ikea. rs Hoje vamos receber as chaves do nosso apartamento, às três da tarde. A mulher vai mostrar o apartamento, anotar tudo que estiver errado, nos dizer (em alemão) o que pode ou não fazer. Claro que nós não vamos entender, mas tudo bem. Ao invés de se fazer uma perícia dias antes, como no Brasil. Aqui tudo é feito na hora da entrega das chaves. Depois que rolar eu conto mais detalhes.
Voltando a Ikea, pela manhã, o Ênio vai ficar com a Leila enquanto eu vou até a loja comprar tudo para o nosso lar. Vou deixar lá no galpão e, depois da entrega das chaves, nós vamos voltar e pegar. Nosso companheiros de viagem, que estão vivendo isso com a gente desde o primeiro momento, também serão nossos companheiros de mudança, carregando tudo. rs Ainda bem que temos amigos. Aguardem, amanhã tem fotos.

Um abraço,
Carol

sábado, 26 de abril de 2008

Ênio, o hindu

Pessoal,
eu sempre achei os indianos bem bonitinhos e, até por isso, me senti atraída pelo Ênio assim que o vi. Não. Ele não é indiano e nunca tinha percebido a semelhança até eu comentar com ele. Acontece que, no ano passado, ele foi trabalhar em um lugar com o clima leve, com tempo para zoação. Não deu outra, começaram a dizer que ele parecia um galã de Bollywood. rs Ele ainda assim achava que era exagero. Que era sacanagem. Enfim... depois de uma série de acontecimentos aqui na Suíça, ele não teve mais como negar.

1 - Na entrevista de emprego, a camareira do hotel perguntou se ele era da Índia (pequeno indício).

2 - Uma indiana (do tipo que usa traje típico e pintinha na testa) que trabalha com o Enio perguntou se ele era da Índia e não acreditou que ele não tivesse ascendência indiana.

3 - Lavando roupa na lavanderia coletiva, um indiano já chegou falando em Hindi com o Ênio. rs

5 - A assistente do restaurante da empresa, natural do Sri Lanka, quase o convenceu de que ele ERA MESMO da Índia, tamanha a insistência.

4 - Hoje, um indiano perdido olhou para o Ênio como se ele fosse a última coca-cola do deserto. rs Nós o ajudamos a encontrar o caminho (grande avanço, já podemos até ajudar alguém a encontrar o rumo), mas em inglês.

E olha que indiano aqui é o que não falta. Eles estão em todos os lugares e, aqui no flat onde estamos hospedados, são a maioria.

Um abraço,
Carol

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Comida não é só comida. Chame o garçom.

Oi gente,estava aqui pensando o quanto eu gostava de comer no Brasil. Aqui me falta o apetite. Pensei "naquela" pizza, no filé com catupiry "daquele" barzinho, no churrasco especial do Porcão... e percebi que não foi o prazer de comer que eu perdi, o que foi embora foi a possibilidade de ir a restaurantes toda a semana. De curtir o espaço, o ambiente, as pessoas e o garçom. Sim, o garçom. Como ele faz falta. E não é só para mim, não. rs Ontem a Leila se sentou comigo na mesa e falou para o Ênio: "Ei garçom. Um suco de maçã para ela, por favor". rs É mole. Filha de peixe, peixinha é.


Comer fora aqui é caro, a comida no supermercado também. E haja imaginação para tornar o cardápio interessante a semana toda. A minha mesmo acabou. Primeiro pq o meu forte nunca foi a cozinha e nem o serviço doméstico, segundo pq eu quero e preciso de uma boa mordomia. Sou mimada, sim. E como. Tanto que quando me desequilibrei aqui pela primeira vez (frio cortante, chuva, sapato e pernas molhadas, criança linda passando frio contigo, perdida no meio do nada é igual à crise de choro, da mãe, é claro), resolvi o problema, limpei o rosto, assoei o nariz e corri para um restaurante. Barato, mas com garçom, com aquecimento e com talheres, bem diferente do Burger King. Lá nos realizamos, eu e Leila. As melhores amigas. rs Peixão e peixinha.


Em compensação, encontramos outros prazeres que, por medo, insegurança e a mais pura preguiça, não tínhamos no Brasil. Um deles é curtir o dia com a filhota nos diversos playgrounds e parques da prefeitura de Zurique. Comer pão com qualquer coisa ou só mesmo um croassant e passar o dia por conta de curtir o sol (quando ele aparece), a paisagem, o lago. E não somos só nós que contemplamos, não. O povo daqui também contempla. O que mais tem em Zurique são bancos em lugares estratégicos para você ficar fazendo nada. Só olhando e constatando, cada dia um pouquinho mais, o quanto esta cidade é linda.

Carol

terça-feira, 22 de abril de 2008

Mudanças

Oi pessoal,
vcs certamente notaram as mudanças de layout do site (ainda tenho que trabalhar isso direito), mas... Enfim, mudamos de "Canadá" para "Pelo mundo", por que o blog, agora, vai trazer as nossas impressões sobre a Suíça, sobre viver fora, sobre adaptabilidade de crianças, sobre a falta de chuveiro, sobre a nossa vida e os nossos sentimentos. Profundo, né? Pois é. Eu estava inibida de falar sobre outros assuntos que não o Canadá aqui, no nosso blog. Toda vez que entrava, dava de cara com o vermelhão, já sentia a espera, a tensão, não só minha como dos nossos "companheiros de agonia", como diz o nosso amigo blogleiro Rogério. Sei que para a maioria dos nossos leitores, pode ser que o blog perca o interesse, a utilidade, mas sei também que para os nossos amigos, torcedores, aqueles leitores queridos, que nos mandam e-mails, que se "preocupam" com a gente, para vocês talvez ele fique até melhor e mais revelador.

Um abraço,
Carol

domingo, 20 de abril de 2008

Canadá - Atualização de documentos.

Oi gente,
hoje venho dar uma notícia sobre o nosso processo para o Canadá. A Maria João encontrou em contato por e-mail, para solicitar atualização de alguns documentos (formulários). Acho que foi em função de termos casado no civil. É que, aqui na Suíça, não se reconhece a união estável para fins de visto de "esposa". rs
Acabou que ganhamos tempo, o processo fica meio que parado até conseguirmos preencher os formulários (que incluem aquele chatinho com todos os endereços, que nós não temos mais e esperamos que a Maria João mande pelo correio).
Na verdade, para nós, agora, o melhor é que o pedido de exames demore, uma vez que a nossa experiência na Suíça tem prazo mínimo de dois anos. rs O tempo necessário para eu aprender alemão.

Vamos que vamos,
Carol

terça-feira, 15 de abril de 2008

22 dias de Suíça, novidades e conquistas.

Olá amigos,
como todos vocês sabem, nós preparamos para um desafio e nos deparamos com outro. O processo do Canadá já tem quase dois anos, fora os três anos anteriores de preparação. Foram, então, cinco anos para planejar como seria a nossa vida lá. Sabemos mais do Canadá do que muito canadense. rs Já para a Suíça, do primeiro contato até a data que chegamos aqui, foram apenas cinco meses. Depois do "Você está contratado" foram só três meses. Podemos dizer que fomos e estamos sendo pegos de surpresa todos os dias.

O Ênio estar empregado já é uma maravilha por si só e facilita muito a nossa vida financeira. Mas isso não resolve o problema da adaptação das crianças (eu e Leila). A língua aqui, nas ruas, nos comércios, na vida cotidiana, é o alemão. No trabalho do Ênio é o inglês.

Como o Ênio tem que trabalhar, alguém tem que ir para a rua procurar apartamento para morar. Eu pensei que fosse muito fácil. Afinal, ele tem emprego e um bom salário. Mas aqui não funciona como no Brasil. Você não vê o apartamento, diz que gostou, faz o cadastro e fica com ele. rs Isso seria muito fácil. Aqui, você vai na VISITAÇÃO (dia e hora que marcam no anúncio para todos os interessados conhecerem o apartamento), às vezes com o inquilino dentro ainda. Pega um formulário, coloca os dados, todos os seus documentos, diz quanto você ganha por ano, envia pelo correio e espera. O proprietário vai analisar todas as fichas e escolher quem ele quer que ocupe, imóvel dele. O critério é dele. A maioria prefere alugar para suíços, depois para estrangeiros que falem alemão e, por último, para quem aparecer. rs

Depois de mais de dez visitações, debaixo de chuva, pisando na neve, pegando vento e frio, eis que ontem nos ligaram para dizer que conseguimos um apartamento. Valeu a pena o cansaço, o stress, o choro. Agora temos um cantinho para morar, no terceiro andar, sem elevador, mas vai ser nosso primeiro lar aqui na Suíça. Vocês não têm noção da sensação de dever cumprido, da felicidade que isso dá. rs Foram noites e mais noites que o Ênio perdeu lendo e preenchendo os formulários em alemão. Foram quilômetros e mais quilômetros caminhados por mim e pela Leila nos dias gelados de início de primavera.

Agora podemos procurar outras coisas, podemos ver creches (aqui não tem escolinhas para maternal nos moldes do Brasil, só as bilingües), escola de inglês e alemão para mim. Academia. Enfim, começar a tocar a vida. Já não era sem tempo. rs

Seguem algumas fotos dos nossos primeiros dias.



Leila se acabando em um evento indoor. Era a mais animada, nem parecia que a língua era outra.


Leilinha no meio do nada em mais uma visitação friorenta. rs

Leila e mamy no museu dos brinquedos. Muito legal.


Ah! Zurique.


Papai, que lindo!

Pegando o barco. Aqui você paga o passe mensal e ganha direito a usar também o barco. Vista dos Alpes, quantas vezes quiser.