sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Brincadeira da Meme

Pessoal, estou em estado de graça. rs Depois vocês vão entender.

Enfim, respondendo à Sílvia, vou fazer a brincadeira da Meme.

As regras são as seguintes e devem estar escritas na postagem:
1 – Linkar a pessoa que te indicou.
2 – Contar seis coisas aleatórias sobre você.
3 – Indicar mais seis pessoas e colocar o link no fim do post.
4 – Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
5 – Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

Lá vai:

1- Desde que entrei no mundo dos blogueiros eu queria participar dessa brincadeira. Vivia me achando uma desenturmada pq ninguém nunca, nesses mais de dois anos de blog, lembrou de me indicar. rs Por isso estou, agora, realizada.

2 - Pareço segura. Vendo bem essa imagem de quem sabe, pode e faz. Mas é tudo fachada. Por dentro estou sempre aflita, querendo e buscando o acerto e a ordem. O que me denuncia é o hábito de roer unhas.

3 - Não gosto de dormir só. Nunca gostei. Quando eu era pequena, esperava todo mundo dormir e procurava um cantinho para mim. Às vezes, era no quarto do meu irmão. Outras vezes me enfiava entre os meus pais. Fui crescendo e ficando mais corajosa, dormia com a minha cachorra. rs Lá pelos 18, eu fui morar fora. Não dava para pedir ombrinho para colega de república então o jeito foi arrumar bichinhos de pelúcia para abraçar. Ainda hoje, sozinha não durmo. Se o maridão tem que viajar, ponho a filhota na minha cama ou vou para a dela.

4 - Gosto de dançar. Amo. Dançar foi, sem dúvida, um dos meus maiores prazeres durante muito tempo. Daí casei e fui ficando quietinha. Hoje, quase nunca dançamos e eu sinto uma falta danana. Engraçado que fazia tempo que eu não pensava nisso. rs

5 - Sempre quis trabalhar de uniforme. Acho lindo e nunca tive um emprego que precisasse. Já quis ser aeromoça só para aprender a me maquiar daquele jeito e andar sempre elegante. rs

6 - Choro sem motivo. Tem dia que me dá uma coisa por dentro. Parece que eu sou mais feliz do que devia. Daí vem uma angústia e eu choro. Choro como se não fosse haver amanhã. De lavar o travesseiro e a alma. Daí me sinto pronta para outra e é como se nada tivesse acontecido.


Indico para a brincadeira:
Monike: Nós em Zurique
Ninha, Doane e Christal: 2much ice
Cau e Jão: Brincando no Gelo
Fla: Fla...Lá...no Canadá
Dan, Maria e Gabi: Colorados no Gelo
Rogério: Os lima no Canadá

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Níver brasileiro na Suíça




Olá,
a Leila teve o seu primeiro aniversário em terras suíças e eu tive, também pela primeira vez, a oportunidade de cuidar de tudo by myself. rs Não que não seja possível se fazer aqui um aniversário nos moldes brasileiros. Possível é, desde que você esteja disposto a desembolsar uma fábula pagando por esse luxo (um cento de salgados pode chegar fácil fácil a 50 francos).

Enfim, nós não estamos querendo e nem podendo gastar tanto. Fui para a cozinha fazer os salgados e chamei reforço para os docinhos . Fizemos uma decoração simples e honesta e, no final, tivemos, na minha opinião, o melhor aniversário de todos os tempos. rs Quer dizer, o melhor aniversário da Leila de todos os tempos.

Locamos um salão comunitário que tinha um espaço pequeno para adultos, mas um vão enorme e cheio de brinquedos para as crianças (7 ao todo). Pouca gente, pouco estresse. Todo mundo se deu bem e a festa foi um verdadeiro sucesso. Ainda mais que, no final da festa, todo mundo ajudou a arrumar a bagunça e trazer as tranqueiras de volta para casa.

A cada dia nós descobrimos uma nova aptidão, uma nova capacidade e essa sensação de "ser capaz de mais" é inexplicável. Saber que você pode fazer as coisas acontecerem... Enfim, não sei mesmo explicar o que tem sido para mim a experiência (desde caixas que se transformam em móveis até zona que vira ordem, tudo saindo das minhas mãos). Só me vem uma palavra em mente: "gratificante".

Um abraço,
Carol

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Furacão Paula O.

Cara...o véio.

Só essa expressão brasiliense pode descrever com precisão o tamanho do nosso espanto com a loucura da Paula Oliveira, que confessou ter inventado que foi atacada por Skinheads e perdido gêmeas.

Como assim? Pára tudo que eu quero descer.

Sem mais, dou o assunto por encerrado e volto a cuidar da minha vidinha.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Brasileira torturada


Acho que todo mundo no Brasil já deve estar sabendo o que aconteceu por aqui. Mas o resumão é: uma mulher brasileira, grávida de gêmeos foi torturada e perdeu os bbs. Os autores da agressão eram skinheads. No hospital, o inspetor de polícia teve a audácia de dizer que, se fosse mentira, ela seria processada. Enfim, foi agredida por não ser suíça, não por ser brasileira. Poderia ter sido uma chilena, uma chinesa ou uma turca.


Claro que todo mundo ficou indiganado. Claro que ficamos assustados, afinal, poderia ser eu ou o meu marido. A covardia não tem limite, fizeram com ela, pq não fariam com crianças? Poderia ter sido, então, a minha filha em um dos passeios da escola.


O pior é saber que, em função do partido de extrema direita, o sentimento xenofóbico está sendo incentivado, principalmente entre os jovens, e esse tipo de violência, da qual não há defesa ou prevensão, pode voltar a acontecer. Para isso, basta que a sociedade suíça, tão orgulhosa de suas virtudes, continue a aceitar a veiculação de propagandas preconceituosas e desinformativas que nos classificam (a todos os imigrantes) como corvos ávidos pela cidadania suíça. Basta que continuar assegurando a liberdade de propagação de idéias racistas e xenofóbicas. No início do post tem um exemplo dessa publicidade tão abertamente discriminatória que seria proibida em qualquer outro país da Europa.
Enfim, continuo me sentindo segura na Suíça. Não acredito que o que aconteceu seja regra ou vá se tornar uma regra, pois tenho confiança que a maioria da população pensa diferente e age diferente, mas a minha imagem da Suíça ficou sim manchada e só vai voltar a ser a mesma se esses idiotas forem punidos e essa mulher for tratada com dignidade.
Abraço,
Carol

update: Fiz o que pude para continuar acreditando na conterrânea, mas ficou difícil. rs De toda estória inventada, fica só a vergonha. Nenhuma mancha na imagem que eu tinha da Suíça e de suas instituições uma vez que, agora, vemos que a polícia só estava protegendo a moça de uma exposição desnecessária.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Oi pessoal,
desculpe o sumiço é que tanta água rolou debaixo dessa ponte. Ano passado foi o ano das novidades, acho que esse vai ser o das descobertas que, por incrível que parece, devem ser mais internas que externas.

Em um primeiro momento, a correria do dia-a-dia, a reorganização de rotina, conseguir uma casa, mobiliar o ap, aprender a viver... Tudo isso consumia a gente e não dava tempo para pensar. Foi tudo meio no automático.

Depois de tudo estabelecido (claro que ainda falta muita coisa, mas viver já não é um desafio tão grande), eu pude perceber que eu não sou a mesma Carol, o Ênio não é mais o mesmo e a Leila também não é mais a mesma criança. Como assim? Aonde é que eu estou? Que família é essa? rs
Eu descobri não só que posso confiar mais na minha equipe, como também posso confiar mais em mim. Sou capaz, somos todos capazes. Isso gente, não tem preço. O incrível é que eu tenha precisado sair do Brasil para descobrir que o meu marido pode ser um pai maravilhoso e que a minha filha é uma menina de ouro.

Por que eu tive que vir tão longe? Porque, no Brasil, a gente nunca seria tão testado. No Brasil, eu não teria que encarar criança doente, casa, comida, roupa para lavar (Leila adoeceu bem no dia mensal da lavagem de roupa).

Meu marido nunca teria que acordar às 6 da matina para lavar roupa e voltar do trabalho na hora do almoço para trazer comida pq eu não consegui cozinhar. Ele nunca teria que ficar com a Leila para eu poder descançar.

No Brasil, a minha filha nunca participaria de TODAS as atividades da casa. No Brasil, eu tinha com quem deixá-la quando ia fazer compras e pagar contas, por exemplo. Lá, eu podia ficar brincando com ela e focar toda a minha atenção enquanto outra pessoa limpava a nossa casa e cozinhava pra gente. No Brasil, eu não tinha que pegar 3 ônibus para chegar no hospital infantil com uma criança com febre e ainda fazer a coitada andar um bocado....

Então, é sovando que o pão cresce. rs Minha família cresceu em qualidade e eu só tenho a agradecer cada sovada que levamos.

Um abraço,
Carol


obs.: Seguem fotos que a Leila tirou na câmera dela.