segunda-feira, 2 de junho de 2008

E a Leilinha?

Oi gente,
estou cada vez mais apaixonada por Zurique e um dos motivos desse amor todo é perceber o quanto a cidade está fazendo bem para a nossa família e, principalmente, para a nossa filha. Acredito do fundo do meu coração que a Leila nunca foi tão feliz. E olha que essa menina já nasceu com uma vocação incrível para a felicidade. rs

Em Brasília ela ia à escolinha todos os dias pela manhã, se divertia, aprendia. Depois voltava para casa. Almoçava, daí eu chegava. A gente se curtia. Ela via TV. A gente "descia" no bloco ou ía ao shopping, ou nós ficávamos morgando juntinhas. Tudo muito restrito ao espaço da casa e adjacências. Tirando o parque da cidade, com o parquinho Ana Lídia e o Pontão, a gente não tinha muita opção de espaço público para a diversão da família.

Era tudo muito indoor. Tudo controladinho, fechadinho, para nos dar a impressão de segurança. Andar à pé? Com aquele tanto de buraco na calçada. Aliás, que calçada? De ônibus? Só se estivesse maluca. Era do carro para o shopping, do carro para o clube, do carro para o parque. E sempre gritando, sempre neurótica. rs Olha o carro. Não corre no estacionamento. Me dá a mão. Perto de mim. Nunca, em hipótese alguma fique longe dos meus olhos... Aqui o clima é outro. O jeito é outro. E as coisas funcionam. rs As mães não ficam o tempo todo de olho. Tem quem deixe as crianças (4, 5 aninhos) brincando no parque e vai caminhar.

Em Zurique a criança só entra na escolinha a partir dos 4 e meio, 5 anos, depende da data de nascimento. Eles consideram muito importante esses primeiros anos na companhia constante dos pais. Só sobra a opção de creche que são, na sua maioria, para quem trabalha ou para estrangeiros que precisam que os filhos tenham contato com a língua local. Existe ainda a opção do spielgruppe (grupo de brincadeira). Onde as crianças ficam duas a três horas por semana, com brincadeiras dirigidas. Também são bons para o aprendizado da língua. A nossa escolha foi pela creche. Como não trabalho, e também porque é muito caro ('130 francos por dia), ela fica lá dois dias por semana.

Sabe aqueles passeios que as escolinhas fazem com as crianças duas vezes por ano, mediante autorização por escrito dos pais? Pois é. Aqui é todo o dia. As crianças saem, de manhã e a tarde, todos os dias. Sozinhas com as professoras. Os bebes vão nos carrinhos, os grandinhos vão em fila. Sempre à pé. Atravessam ruas, sobem ladeira, pegam chuva. E o coração de mãe? Fica na mão, bem apertadinho. Mas logo a gente se acostuma e vê o quanto eles ficam felizes. Sempre que vou buscar a Leila ela me olha e fala "Ai mãe, foi tão divertido". Isso gente, não tem preço.

Os dias que ela não vai ao Kinderkrippe (creche), a gente vai aos parquinhos aqui perto de casa. PÚBLICOS, LIMPOS E LINDOS. Se estamos afim, pegamos o ônibus e vamos a outros parquinhos. Eles existem aos montes por aqui. Um melhor que o outro. Todos diferentes entre si, mas muito bem cuidados. Agora ela leva com ela a sua mais nova aquisição: um patinete. Só ela não tinha. rs Já vi crianças de 2 aninhos mandando ver nas três rodinhas. Tomei coragem e não me arrependo.

Ela fica cada dia mais independente e eu fico cada dia menos sobrecarregada, menos estressada. Resultado, minha filha cada dia mais e mais feliz.

Vejam as fotos de alguns dos parquinhos que freqüentamos aqui,

Um abraço,
Carol






9 comentários:

Carolina disse...

Ai que delícia, né?!...Que diferença do Brasil, especialmente aqui em São Paulo...mal saio com o meu cachorro, que dirá como uma criança....

Conte mais sobre esse país maravilhoso!

abç,
Carol.

Anônimo disse...

Tudo isso é fantastico mesmo. Que lugares lindo heim..em breve estarei pra poder curtir tudo isso..rsrs..e saber que minha netinha linda esta cada dia mais independente é bom demais. um beijo enorme e estamos sempre aguardando postagens novas..amamos muito ler tudo isso.
beijosssssssssssssss..

Fernando e Silvia disse...

Oi Carol, fico muito feliz por vocês, principalmente por sua princesinha. Um beijo.
Silvia

Anônimo disse...

Olá,

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Renata, Dory, Olívia e Vítor disse...

Essa qualidade de vida é impagável mesmo. Poder ver nossos filhos crescendo em um lugar seguro parece algo impossível pra quem mora no Brasil, mas qdo me deparo com uma notícia tão boa, respiro aliviada e vejo uma luz no fim do túnel!
Bjs pra vcs!

K disse...

Criar sua filha assim não tem preço, né??

Parabéns pela nova vida de vocês!

Beijos,

K.

Sergio disse...

Olá Carol,

eu imagino que seja uma tranquilidade viver assim e mais facil também porque existem varias opções de lazer para entreter a criançada. Quando chegarmos ao Canadá o Edu já vai ter idade para ir à escola mas vou precisar de atividades pra distrair as duas menores.

Qto a chupeta: apesar do Edu ter largado a chupeta ainda tenho que convence-lo a me dar a mamadeira: sem ela ele nao toma leite. Vou dar um tempinho pra ele e começar com a ladainha de novo. Talvez use a sua tática e não leve as mamadeiras para o Canadá. Quem sabe não funciona!!! Ele tem um cachorrinho que ele adora pra dormir também, mas quando eu percebi que estava virando um vicio eu o escondi por um tempo e cada dia dava um bichinho diferente. Quando ele só queria o cachorrinho eu fazia a voz do bichinho rejeitado chorando e pedindo pra dormir com ele e ele acabava aceitando. É um absurdo o que a gente faz pra enganar as crianças, ne?

bj
Marilena

Sandro e Família disse...

Carol

As crianças serão eternamente gratas pela oportunidade de crescerem em um país com essa qualidade e preocupação com o bem-estar.
Os parquinhos das fotos são o básico que uma cidade pode oferecer as suas crianças, mas infelizmente aqui na terra brasilis esses parques ainda fazem parte apenas dos sonhos de uma noite de verão.

Abração

Sergio disse...

Acabei de ler uma reportagem falando sobre a qualidade de vida em varias cidades do mundo e como não poderia deixar de ser: Zurique está entre as melhores, assim como várias cidades do Canadá.
Enfim, de um jeito ou de outro a Leila só tem motivos pra ficar contente!!!

Marilena