sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Agora é relaxar

Ainda sobre a "acknowledgement of receipt letter": Nós a recebemos no dia 12, mas a data do recibo dado pelo Consulado é a data em que eles receberam a nossa carta, dia 23 de novembro, ou seja, entramos na fila assim que eles receberam o nosso recibo. Lógico, não? :) Recibo de lá, recibo de cá, não tem como não ficar ansioso enquanto se aguarda um retorno. Enfim, cansei do verbo receber e todas as suas variações. Ainda bem, pq pelo que eu entendi, começa agora a fase do chá de cadeira. Entra no dicionário um outro verbo, muito mais ingrato, o esperar. E haja esperança.
Enquanto esperamos, vamos nos lembrar das nossas melhores férias, do nosso natal maravilhoso em Natal e, sempre que a ansiedade aparecer, vamos nos concentrar nesta única imagem.
Um feliz Ano Novo a todos os companheiros de sonho e também aqueles que já o estão realizando, lá no Canadá.

Abraços sinceros,

Carol, Ênio e Leila.



terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Chegou !!!

Fomos passar o Natal em Natal, acabamos de chegar encontramos a tão esperada carta. Foi enviada no dia 12 de dezembro, 3 dias depois que viajamos.

Em breve voltaremos com mais novidades.
Um abraço

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

A primeira espera - nada da carta

Nós sei que esse processo requer muita paciência e que, nos próximos dois anos, nós vamos mais esperar que agir, mas é difícil dizer isso ao coração. rs Enviamos, no dia 17 de novembro o comprovante de pagamento da taxa de abertura do processo Federal Skilled Worker e o primeiro formulário devidamente preenchido. Segundo o site dos Correios, a entrega foi feita no dia 21. De lá para cá já se vão 16 dias e nada da carta de recebimento chegar. Nosso colega Marcius recebeu em 11 dias, então a gente começa a pensar... Será que preenchemos direito, será que enviamos direitinho. Será que eles perderam nosso envelope em uma pilha de tranqueiras.... será???
Bem... o jeito é esperar e torcer para estar tudo certo. Evidente que sabemos (ou não?) que pode ser pela proximidade com o Natal, muita gente de férias, pouca gente para ver a correspondência. rs

Sei lá.
Espero voltar a postar logo com boas notícias. Até.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Host Family

Laurie e Wendy são um casal simpático. Ele, canadense, trabalha com gráfica por conta própria, ela, galesa, trabalha como executiva numa empresa de TI. Foi com eles que vivi por um mês no esquema de host family no Canadá para estudar o idioma e conhecer a nossa futura morada.

Ao chegar no Canadá fui calorosamente recebido pelo Laurie. Conversamos bastante sobre a viagem, sobre o tempo etc. Era a segunda vez que ele estava recebendo um estudante e era a minha primeira viagem internacional (para Buenos Aires não conta, né?), não sei qual dos dois estava mais empolgado.

Depois disso ele me mostrou o quarto onde eu iria ficar. O quarto era no basement. Não vi problema algum, já que talvez nós tenhamos que passar um tempo morando em um quando formos para o Canadá, nada melhor que um test drive.

O basement tinha 2 quartos, 1 banheiro e uma sala e era razoavelmente iluminado. Como eles não tinham outro estudante lá acabei ficando com o basement só pra mim.

Conversávamos bastante, principalmente na hora do jantar, geralmente preparado pelo Laurie. Eles são bem curiosos a respeito do Brasil e do dia-a-dia das pessoas por aqui. Eles chegaram a colocar um mapa da américa do sul na parede da sala (no basement) para eu mostrar a eles as cidades onde nasci, onde morei, outras famosas etc.

A escolha por ficar em uma casa de família não se mostrou apenas econômica (650 dólares por 4 semanas com direito a café da manhã e jantar), como enriquecedora. Tive a oportunidade de participar de atividades do dia a dia e ouvir, de um canadense, sobre o seu estilo de vida. No almoço do dia das mães por exemplo, pude conhecer a filha deles (ele tem 2 filhos do primeiro casamento e ela tem 1 do primeiro casamento, juntos eles tem mais uma filha), com direito até a churrasco de gringo (com linguiça e hamburger).

Uma coisa que deu para perceber é que eles adoram a diversidade, mas se recentem que filhos de imigrantes, nascidos no Canadá, não assumam a pátria como sua e que alguns extrangeiros não se esforcem para falar corretamente o idioma. É como se vivessem no país não o considerassem sua casa.

Este tempo com eles foi muito bom para aperfeiçoar meu inglês, mas também foi o começo de uma grande amizade. Sempre trocamos emails e de vez em quando nos falamos via google talk. Estamos esperando a prometida visita deles ao Brasil.

Sem medo de chover no molhado, deixo aqui as minhas impressões sobre Toronto:

Sim, é uma cidade grande, com tudo que tem direito, inclusive um trânsito infernal.
Não, não vi xenofobia de qualquer tipo.
Sim, se ouve todas as línguas nas ruas e nos comércios.
Não, não é tão cara assim (acha-se muita coisa para comer por preços acessíveis).
Sim, há parques para todos os lados e vários lugares interessantes e gratuitos para levar as crianças (no inverno deve ser um pouco diferente).
Não, não há um subway a cada esquina, como em Londres, mas o sistema de transporte se faz eficiente com a complementação de ônibus e street car.
Sim, é lá que eu quero morar.

Abraço a todos. Qualquer dúvida.... é só falar.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Craig's List

Esses dias estava relendo um dos meus blogs prediletos (Destino-Canadá) e me lembrei da Craig's list, um classificado da internet criado em 95 que tem de tudo e mais um pouco (carros, imóveis, móveis, etc, etc, etc). Fui dar uma olhada e fiquei impressionada com a quantidade de coisas na categoria FREE, que basta vc pegar para que seja seu. rs Se vc tem um carro ou muita disposição, é possível mobiliar uma casa inteira até com acessórios do tipo máquina de suco, ventilador, mesas laterais. Vou ser bem sincera, o que é dado não é exatamente bonito, nem é sempre bem cuidado, mas para quem está começando a vida, talvez um sofá florido e um tiquinho mal cuidado não seja exatamente o fim do mundo.
De qualquer forma, visitem o site. A categoria furniture traz móveis bem interessantes e a preços bem acessíveis. A garage sale também é bem interessante.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Motivos e razões

Como já falamos antes sempre tivemos vontade de morar no exterior para viver novas experiências e conhecer outros lugares. Quando a Leila nasceu a vontade continuou, mas um outro item ganhou especial importância: queríamos um lugar seguro para a nossa filha.
Quando fomos ver as possibilidades pensamos nas opções: Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Após estudar os processos, escolhemos o Canadá. Nesta escolha levamos em conta algumas questões: local seguro, em crescimento, processo mais fácil para nós (não precisamos enviar documentação para o exterior por exemplo), além do fato de um casal de amigos nossos já estar lá.
Decidido o destino, tínhamos que decidir quem deveria ser o aplicante principal. Nosso inglês era equivalente e a Carol tinha mais tempo de estrada, mas não em uma profissão de alta demanda (ela é jornalista) e ela teria que correr um pouco atrás para conseguir comprovar toda a experiência. Acabou que decidimos que eu deveria ser o aplicante principal. Agora faltava conseguir uma boa nota no Ielts. Já estava fazendo um curso regular, pensei em me matricular em outro e ficar fazendo os 2 cursos para poder dar uma melhorada no inglês. Mas vimos que com o custo que teríamos seria mais vantajoso fazer um curso fora. Não pensamos nem 2 vezes compramos a passagem e me mandei para Toronto. Além de me ajudar no idioma, a viagem serviu para eu conhecer o nosso futuro lar. Nos próximos posts irei falar mais sobre a viagem a Toronto, o curso, as impressões.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Ielts/Consulado/Site

A questão do Ielts está tirando o sono de todo mundo que pretende aplicar para o Processo Federal. É o drama do tostines bem lembrado pelo colega Marcius (riobrasiliacanada.blogspot.com). Se fizer a prova e mandar a aplicação corre o risco de fazer novamente porque só vale um ano, se chutar o resultado corre o risco maior ainda de errar. rs Enfim, nós já fizemos o nosso e enviamos a aplicação. Coração apertado, afinal a prova não é assim tão barata. Eis que os paulistanosnumafria.blogspot.com (Juliana e Ivan) jogaram uma luz nessas trevas quando encontraram, no site oficial do Consulado, a afirmação de que a prova deve ter menos de um ano no momento da aplicação e não no pedido de documentação. Como gato escaldado não morre queimado, eu mandei um e-mail para o Consulado na esperança de ter uma confimação. O e-mail foi o seguinte:

Sent: November 21, 2006 10:44 AMTo: SPALO (IMMIGRATION)Subject: Ielts

Cara Maria João,

as informações prestadas pelo escritório de imigração e pelo site oficial deimigração estão um tanto quanto contraditórias. Segundo este link(http://www.cic.gc.ca/english/applications/faq-simple.html) o Ielts deve ter menos de uma ano no momento da aplicação e não no momento do pedido dedocumentos. Isso é correto? Gostaria de saber se terei que fazer outra provapara poder me programar.

A resposta não poderia ser mais clara e direta. rs

Sra. Ana:
Veja a instrução abaixo:

If you take the language test within one year of submitting your simplifiedapplication, those results remain valid and will be accepted as supportingdocumentation by the visa office. Obrigada,

Maria João Guimarães Assistant (Immigration) Adjointe (Immigration)+55 (11) 5509-4343 fax +55 (11) 5509-4262www.saopaulo.gc.caConsulado Geral do CanadáAv. Nações Unidas, 12.901/16o. andar - CENU Torre Norte04578-000 São Paulo SP, Brazil BrésilGovernment of Canada Gouvernement du Canada

Ela precisou de dois dias para copiar e colar o que dizia no dito link que eu passei para ela. Fazer o quê? O desespero é tão grande que me bateu uma dúvida. Será que ela esta dizendo "Idiota, vc não sabe ler inglês??? Isso não quer dizer o que vc acha que quer" ou "É isso mesmo, tem que ter menos de uma ano antes da aplicação". Estou aceitando ajuda para entender, viu? Eu, sinceramente, li, reli, treli e não consegui encontrar nenhuma outra interpretação para o que está escrito.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Itaú Personalité

Quando fomos fazer o pagamento da taxa de aplicação (Processo Federal Simplificado) para o Consulado, nos foi recomendado que procurássemos qualquer agência do Itaú Personalité (comprador do Banco de Boston). Foi o que fizemos. Perdemos um tempão para ouvir do caixa do dito banco que os depósitos para o consulado do Canadá só poderiam ser feitos nas agências antigas do Banco de Boston porque o sistema ainda não estava unificado. Enfim, fomos à antiga agência que fica no Setor Comercial Sul e conseguimos pagar a taxa, depois de muito trânsito e pela busca incansável por uma vaga no setor infernal, fora o medo de ser assaltado e ver 2300 reais perdidos para sempre.
Moral da história: confie desconfiando. Esta não foi a primeira informação incompleta que o Consulado me prestou.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Do início

Eu e meu marido sempre tivemos o sonho de morar fora. Pensávamos em ir como estudantes, fazer pós, mestrado, correr mundo. Bem... com menos de uma ano de casados eis que tivemos uma agradável surpresa que modificou nossos planos e a nossa vida. Estávamos grávidos.
Diante do novo cenário, nossos sonhos foram adiados de um lado e transformados de outro. Com a nossa pimpolha não seria nada fácil viver com uma bolsa de mestrado no exterior. Precisávamos de algo mais certo, de uma chance de começar uma vida. A aventura do recomeço com a segurança da legalidade.
Enfim, quando já estávamos pensando em fincar raiz e abrir mão de nosso sonho, encontramos um casal que nos falou sobre o processo de imigração do Canadá (hoje eles já vivem lá). Ali, comigo grávida, foi plantada uma sementinha que hoje, depois de quase dois anos começa a dar frutos.
Nos próximos posts falaremos de como aramos a terra antes de plantarmos nosso futuro. (Viagem de prospecção à Toronto, estudo, Ielts e tudo mais).

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Começou.

Tudo que é difícil é mais gostoso. Hoje conseguimos dar entrada no processo de skilled worker para o Canadá. Na segunda tentativa alcançamos a pontuação necessária no Ielts e, como tudo em nossa vida, foi com uma certa emoção. Precisavamos de três 7 e uma nota entre 5 e 6,9. Advinhem o resultado: 7 7 6 7. Sem nem um único décimo de sobra, nós entramos no jogo.