quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Leila e seus amores

Oi gente,
longe de mim incentivar o namoro precoce, muito pelo contrário. Digo e repito que criança só tem amigo, mas tá difícil não comparar as amizades da Leila a primeiros amores. rs Assim mesmo, no plural.

Na escolinha, que eu conheço, tem um polonês lindo de morrer que só volta para casa depois que a Leila desce (ele é um dos primeiros a ficar pronto e ela é sempre a última). Tudo isso para andar 3o m ao lado dela. Os dois se admirando, com aqueles olhinhos sorridentes, no mais completo silêncio. rs Tem ainda o inglês, que brigou com ela hoje porque ela contou um "segredo" (soprou o ouvidinho) do tal polonês.

Para completar, hoje recebi o Vitor em casa, um brasileirinho que não fala português, e os dois ficaram no maior carinho. Era abraço, dança, cantar olhando no olho (Ó Tannenbaun, Ò Tannenbaun, wie grün sind deine Bläter). rs Foi me distrair um pouquinho e ouço a Leila me chamando incrêdula. Perguntei o que foi e ela disse "Ele me deu um beijo na boca". Daí eu falei que não podia pq criança não beija na boca. rs Ela falou séria com ela e disse que não era mais para fazer isso senão ela ia ficar muito brava.

Falou isso, mas não parou de apertar o menino. rs Brincado de príncipe e princesa. Bailando pelo salão.

sábado, 28 de novembro de 2009

Feito

Oi gente,
voltei para dar o retorno. Finalmente, decidi pela vacinação. A Leila levou a picadinha quinta-feira e não apresentou nenhum efeito colateral. Não teve sequer dor no bracinho. Como sempre, não chorou na hora a injeção e saiu do consultório saltitante.

Semana que vem, vamos tomar também eu e meu marido.

Abraço,
Carol

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Gripe Suína - o que fazer?

Oi gente,
estou aqui para dividir com vocês a minha angústia em relação à vacina contra Gripe A. Não sei como está a repercurssão em outros países, mas por aqui, as pessoas têm mais medo da vacina que da própria gripe.

A maioria acredita que o perigo não é tão grande assim, uma vez que, apesar dos mais de 1500 casos confirmados, não houve nenhuma morte. Segundo o Instituto Carol de Pesquisa avançada (ando perguntando isso para todo mundo), a cada 20 pessoas, 1 decidiu tomar a vacina (japonesa que vai ao Japão mês que vem e disse que lá a coisa está feia). Nenhuma das mães com quem conversei pretende dar a vacina aos filhos.

O que fazer? Algumas pessoas morreram na Alemanha logo após tomarem a vacina, uma delas com choque anafilático. Tenho em casa uma filha asmática em plena crise, mas dizem que os efeitos colaterais da vacina são tão ruins quanto a doença.

Dia 16 vou me encontrar com o médico e ver com ele o que fazer. E vcs? Vão fazer o que?

sábado, 10 de outubro de 2009

Paixão antiga - Boa e velha Londres

A primeira vez a gente nunca esquece, não é? E a minha primeira viagem internacional teve como destino Londres. Eu e meu pai, estreando juntos os nossos passaportes. Era 1999 e o real estava nas alturas. rs Fomos estudar inglês, dividindo o mesmo quarto por um mês inteiro. Nos divertimos horrores e eu posso classificar a experiência como nada menos que perfeita.

Essa semana, tive a oportunidade de voltar a minha querida London. Dessa vez não como filha, mas como mãe. Eu e meus amores na cidade perfeita. A previsão era de chuva para os três dias, mas Londres reconheceu a filha pródiga e nos brindou com dois lindos dias de sol. Em alguns momentos, achei mesmo que estava no paraíso.

Para começar, fomos ao

Madame Tussaud's.

A Leila curtiu horrores. Queria tirar fotos com todas as celebridades. rs Até a Lisa Minele. Foi uma facada, 71 Libras para nós três. Mas valeu cada centavo. No segundo dia, fomos a dois museus fantásticos, ambos com entrada gratuita. Primeiro, no Museu de História Natural, com seus dinossauros e uma ala inteira dedicada a biologia humana e o de Ciências, com várias atividades interativas para crianças.

No terceiro dia, fomos a Picadilly Circus e caminhamos a região toda à pé. Cortamos Green Park e chegamos ao Palácio de Buckingham para ver a troca da Guarda. De lá, seguimos para o Museu das Ciências para assistir a um filme em 3 D em um cinema Imax. Leilinha ficou maluca. Tentava pegar as moscas (o filme era sobre mosquinhas que foram à Lua)... Enfim, muito legal. No dia da viagem, ainda tivemos tempos de ir à Torre de Londres e à Catedral de Sant' Paul. Não entramos pq a rainha estava lá para a cerimônia em homenagem aos heróis de guerra. rs Finalmente, eu vi a rainha e, melhor ainda, Tony Blair. Além de Charles e a turma. Pena que não foi de perto o suficiente para tirar uma foto.












quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mobility



Oi gente,
hoje resolvi falar sobre algo que acho muito interessante que existe aqui na Suíça. É a "Mobility", empresa de locação de carro por hora. Até aí, normal. A questão que me chamou a atenção e que eu nunca tinha visto igual, é que é possível se associar (é preciso ser sócio para locar os carros), reservar, pegar e devolver sem falar ou ver qualquer funcionário.

A inscrição é feita pela internet. Depois de um tempo, chega um cartão magnético e é com ele que você vai abrir os carros que vier a reservar. Carros estes que estão espalhados por estacionamentos em toda a cidade.

Você vê quais são os carros disponíveis no estacionamento que você preferir (desde econômicos até mini-vans) e, na hora marcada, abre o carro com o seu cartão magnético. Em um computador de bordo, aparece o período que vc alugou e o quanto vc rodou. Depois é só devolver no mesmo estacionamento. No final do mês, chega a conta. O pagamento é por hora e por km rodado. A gasolina já está inclusa.

Claro que para o sistema funcionar bem, as multas por atraso são bem salgadas. Da primeira vez que alugamos, nos perdemos e nos atrasamos 15 minutos. As quatro horas com o carro e mais os 36 km rodados sairam menos de 40 francos, a multa por atraso ficou em 26.

Alguém conhece um sistema parecido em outros países?

Abraço,
Carol

ps.: Quem quiser conhecer melhor pode visitar o site deles http://mobility.ch/pages/index.cfm?srv=cms&pg=&dom=6&rub=734&id=1931#Einsteigen

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ich spreche Deutsch

Olá pessoal,
estou aqui para dizer que, finalmente, eu falo alemão. rs Falo mal, me arrasto, me atrapalho, mas falo. Quem diria que o curso intensivo poderia ser mais que proveitoso. rs No meu caso, essas três semanas de duas horas diárias de aulas foram milagrosas.

Estou muito feliz de poder fazer um curso assim. Desejava isso desde que me mudei para cá, mas não tinha como fazer o intensivo antes da Leila entrar na escolinha. Agora, eu não quero mais é parar.

Abraço,
Carol

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pais e mestres

Oi gente,
a Leila está há 3 semanas no Kindergarten público aqui de Zurique. Ele foge um pouco ao que é o padrão aqui. Estão testando logo na minha região um novo conceito "tudo aqui e agora". rs O normal seria o Kinderganten em uma construção separada só para ele. Na escola da Leila, que é um prédio enorme, tem desde o Kindgarten até o secundário e algumas salas de educação especial e formação de professores.

O Ênio está amando. rs A escola foi construída este ano e a turma da Leila é a primeira a estudar lá. Tudo tinindo de novo, uma baita infra-estrutura... Enfim, no Brasil isso não sairia por menos de 600 reias mensais. Aqui é de graça.

Por outro lado, eu estava me preparando desde que cheguei, para o modelo tradicional: pertinho de casa, pequeno e só para as crianças de 4,5 à 6,5. Estava pronta, por exemplo, para deixar a Leila ir sozinha para o Kindergarten que existia aqui ao lado de casa (50m), já que isso é um costume local. Mas não tenho condições de permitir minha filha ir sozinha para um lugar onde vai ter que disputar a entrada e as escadas com meninos de até 15 anos. Já é um avanço eu ter conseguido não surtar com a questão dela usar o mesmo banheiro das meninas do primário. rs

Acontece que ontem tivemos a primeira reunião de pais e mestres e a professora sugeriu que nos comecemos a esperar as crianças do lado de fora do prédio. rs Depois mais e mais longe até que termos segurança em deixarmos os miúdos irem sozinhos. Dizendo ela que isso é muito importante para o desenvolvimento da criança. Lembrando que estamos tratando de crianças de 4 à 6 anos. São bbs. rs

Hoje fui buscar a Leila decidida a esperar fora do prédio. Eu, uma moça de Taiwan e mais duas mães do Kosovo, ficamos na porta com o coração na mão. Mas... sempre tem um mas. As outras mães todas entraram. Daí não teve jeito, entramos também. Mas esperamos no andar debaixo. rs

Leilinha até que se virou bem. Desceu de pantufas, mandei voltar e colocar os sapatos. Colocou os sapatos e desceu. Falei para buscar a bolsa. Buscou a bolsa e esqueceu a faixa de segurança. rs Depois eu subi junto e peguei a lancheira, além de guardar o sapato de ficar na escola dentro da caixa correta. Enfim... o caminho para a independência leilal ainda é longo.

Curiosidades
As crianças chamam a professora de Frau Stahel. Nada de tia ou primeiro nome. É senhora mesmooooooooo.

As crianças cumprimentam a professora com um aperto de mão. Já ficou tão automático que a Leila anda cumprimentando os coleguinhas da escola do mesmo jeito.

Nada de conversinha. Vc pergunta como foi o dia da criança e, se não houve nenhum problema, a professora fala um simples e curto "Gut".

Atenção, desde o primeiro dia, voltada para a criança. Ninguém tem o intuito de agradar aos pais. São cordiais, mas a prioridade é o aluno.

É uma professora para até 20 alunos, sem auxiliar. E o pior é que elas dão conta....

O lanche recomendado deve ser saudável e a bebida sem açúcar. As opções são chá sem açúcar, água ou leite de canudinho (esse eu mando todos os dias). Ah. Se mandar sanduba, que seja de pão integral.

Nos aniversários doces são permitidos, desde que as crianças consigam comê-los com as mãos, sem necessitar de auxílio da professora.

As crianças ajudam a organizar a sala. Na classe da Leila, elas pegam as suas cadeiras e dão, uma de cada vez, para a professora organizá-las sobre as mesas.

As professoras e as crianças não têm uniforme (em Brasília muitas escolinhas têm uniforme para as professoras do maternal) e elas são bastante alternativas. A da Leila está quase sempre de preto e a da outra classe tem piercing na sobrancelha e no nariz.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Envelheço na cidade

Olá,
hoje completo 32 aninhos. Caramba, coisa estranha essa de envelhecer ou amadurecer. Ontem mesmo eu tinha 15 e achava que quem tinha 30 era velho que só.

Já acordei com a música do Ira dentro da cabeça. Esse pedacinho em especial me tocou bem fundo:

"Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer"

Me sinto meio assim. Ao invés de adquirir certezas, a cada ano vivido, acumulo mais e mais dúvidas. Aos 15, tudo era preto ou branco. Depois dos 30, comecei a ver os tons de cinza.

Mas vamos seguindo a maré, com dúvidas ou sem dúvidas, o importante é caminhar.

beijão,
Carol

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não sou mais básica

Oi gente,
boas notícias. rs Estou oficialmente entrando no nível intermediário de Alemão. Uhruuuuuuuuuuuuu Saí do básico. rs

Sensação boa demais, ainda mais levando em consideração que ainda faltavam 3 meses para finalizar o nível básico quando eu fui para o Brasil e que, milagrosamente, o tempo que fiquei sem estudar me fez bem e me ajudou a passar no teste e ganhar esses meses de dianteira.

E tem mais uma boa notícia. Como a Leila está no Kindergaten, eu tenho tempo para fazer um intensivo (meu sonho de consumo desde que cheguei aqui). Vou poder estudar todos os dias e, assim, ganhar tempo. Serão só 2 horas por dia, mas já são bem mais que as 4 semanais que eu podia ter antes.

Esse ano a coisa anda. rs

Beijo,
Carol

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Primeiro dia de aula

Oi pessoal,
terça-feira foi o primeiro dia de aula da Leila na escola formal daqui. Claro que, como já é tradição na família PP (Pires Pereira), participamos juntos, eu e Ênio, de mais uma mudança de fase na vida da nossa filha.

Acordamos, vestimos a Leila toda linda para o primeiro dia, lanchinho na bolsinha, presilha no cabelo... Parecia uma princesa. Chegamos na escola, que acabou de ser construída e está tinindo de nova, cedo demais e tivemos que ficar esperando dar a hora do lado de fora. Pelo menos não estávamos sozinhos. rs Outros pais de primeiro Kindergarten também chegaram cedo.

Para variar, eu estava uma pilha de nervos. Morrendo de medo de não conseguir me entender com a professora e também receosa pela escola ter um novo conceito de tudo no mesmo lugar (kindergarten, primário e secundário). Tenho pavor de crianças pequenas estudando com maiores e pânico de usarem o mesmo banheiro sem acompanhamento. Infelizmente, isso eu vou ter que trabalhar na minha cabeça porque é exatamente assim que a escola funciona. rs

Cheguei crente que a professora daria atenção aos pais e explicaria as novidades para nós. Pura ilusão. rs Fomos solenemente ignorados. Aperto de mão, envelope com folhetos sobre tudo que deveria ser dito e atenção completamente voltada para as crianças. Acompanhamos a primeira hora de aula, na qual foi feita uma dinâmica que acabou com cada criança dando uma flor para a sua respectiva mãe e dando tchau. Funcionou direitinho. As crianças se despediram sem choro nem vela. Já os pais...

Uma das mães chorou até quase alagar a escola, o marido dela também ficou com o olho bem vermelho. rs Nós e os demais pais ficamos bastante emocionados, com lágrimas nos olhos. Acho que ninguém pensou que seria tão fácil.





segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De volta para casa


Oi gente,
depois de um mês de Brasil, finalmente voltamos para casa. Foi tudo muito bom, estava tudo muito bem, mas nada melhor que o cantinho da gente. rs Bom demais me sentir assim. Mais ainda se levar em conta que, quando marcamos as férias, eu fiquei em pânico pensando que poderia ir visitar e não querer voltar.

Claro que fizemos muitas coisas que só mesmo no Brasil. Uma delas foi curtir demais as nossas famílias. Ficamos em Natal, cidade do Ênio, e a minha família quase toda foi me visitar. rs Meu irmão, cunhada, um sobrinho, meu pai e meu tio só puderam ficar uma semana, mas a minha mãe e o meu afilhado estiveram conosco por quase um mês. Fiquei até mal acostumada com o carinho da minha mãe querida... Se fosse possível eu traria todo mundo para cá.

Outra coisa excelente de ter ido ao Brasil foi finalizar a novela "Canadá - Missão Impossível". Já se vão mais de três anos desde a abertura do processo e depois de muitos desencontros, finalmente enviamos os nossos passaportes. E isso só aconteceu pq repetimos os nossos exames médicos no Brasil. Já tínhamos feito ano passado aqui na Suíça. Enviamos. Eles pediram laudo de especialista. FIzemos e enviamos. Perderam nosso exame lá e a médica perdeu o comprovante de envio aqui. rs No final, nós perdemos o prazo e a fortuna investida e tivemos que fazer tudo novamente, só que, desta vez, resolvemos fazer no Brasil.

Enfim, passaportes enviados e, se tudo der certo, landing em outubro.

Abraço,
Carol

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Brasil

Oi pessoal,
estamos chegando. rs Quatro semanas no Brasil. Delicia.

Beijo,
Carol

sábado, 6 de junho de 2009

Primeira festa de aniversário totalmente suíça.

Olá,
hoje fomos a nossa primeira festa suíça, com convite em alemão e sem brasileiros presentes. rs A aventura (sim, tudo ainda é uma aventura para nós) começou quando olhei no escaninho da Krippe da Leila e encontrei um convite brilhante para o aniversário de uma das coleguinhas.

Tudo estava escrito em alemão e tinha um número para confirmar a presença. Primeiro pensei "Putz, como é que vamos interagir em uma festa dessa?", depois vi o quanto a Leila estava afim de ir, resolvi vencer a fobia que tenho de suíços e ir para o pau.

Sei que é meio ridículo uma mulher de 32 anos suando frio, com dor de estômago e o coração disparado em função de um convite de aniversário de criança, mas foi bem assim que fiquei quando peguei o celular para ligar e confirmar a nossa presença.

Para a minha surpresa, a mãe do outro lado tinha uma tremenda boa vontade e entendeu tudo o que eu disse sem que fosse preciso repetir nem uma única frase. Além de entender, a criatura bondosa ainda demonstrou estar muito feliz com o fato de irmos à festinha. Só isso já foi o suficiente para me deixar radiante e contando os segundos para o "evento".

Hoje foi o grande dia. rs Como já conhecia a fama das festas infantis suíças que, segundo os brasileiros, não tem comida e terminam rápido, tomei um lanche antes de sair e cheguei lá bem no horário marcado. Claro que fomos os primeiros. rs O que a primeira vista parecia trágico, mas acabou sendo excelente.

Sem ninguém além da família da criança (conte aí avó, avô, tio avó e mãe), eu fiquei menos tímida e consegui trocar uma idéia em alemão. Gostei tanto que cheguei a puxar assunto para quebrar o gelo. rs Depois de mais ou menos meia hora, os outros convidados foram chegando. Gente de todo o canto. Alguns falando italiano, outros espanhol, um casal de portugueses... Enfim, fantástica.

Ia me esquecendo, os comes e bebes eram diferentes dos nossos, mas não deixaram devendo nada na fartura. Tinha salada de folhas, salada de macarrão, palitinhos de cenoura, pepino e pimentão, salada de tomate e queijo branco, asa de frango assada, tábua de frios e três tipos de pão. Como se não fosse o suficiente, depois do parabéns em 3 línguas, teve mesa de doces com mousse de chocolate, 2 tipos de bolo de chocolate e torta gelada de morango.

Não teve coxinha e nem brigadeiro, mas teve muita comida e no estilo deles. Mesmo em festa de criança, tudo é um bocado mais saudável. A gente vê o reflexo disso nas ruas, lotadas de pessoas magras ou, no máximo, gordinhas. Obesos aqui são raridade.

Adoramos a experiência e estamos só esperando outros convites.rs

Um abraço,
Carol

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um ano e cadê o Alemão?

Olá,
espero que todos estejam bem e tocando seus projetos. Por aqui, estamos vivendo e aprendendo. rs Vivendo bem rápido e aprendendo bem devarinho.

Já estamos aqui há um ano e já era de se esperar que falássemos alemão, não é? Pelo menos era isso que eu achava antes de vir para cá. Mas a verdade é bem diferente. Conheço pessoas que estão aqui há cinco anos e freqüentam o mesmo nível no qual me encontro, ou seja, na metade do BÁSICO.

Primeiro que essa língua não é exatamente simples. Os nossos simples "o" e "a" aqui viram "der" "die" e "das" (masculino, feminino e neutro) só para começar. Depois vêem as declinações e os artigos se multiplicam como mágica. rs Loucura total. E o pior é que não é como o Inglês, com o qual é possível sobreviver sem saber a gramática. Sem saber gramática e falando como índio a gente realmente não consegue se fazer entender.

A pronúncia tem fonemas que nós não usamos na língua Portuguesa. Minha maior dificuldade, por enquanto são Ö e Ü. Sem pronunciar isso direito a gente não consegue ser compreendido. E não é por frescura deles. Eles REALMENTE não entendem.

Se não fosse só isso, temos ainda o tal do dialeto. Vamos para a escola e aprendemos alemão, mas o que ouvimos no ônibus, nas lojas, restaurantes, consultórios, é o suíço alemão. Sabe aquilo de começar a entender a conversa dos outros na rua? Esquece.

Aqui todo mundo fala Alemão, mas só se você pedir. E as diferenças entre o Suíço Alemão e o Alto Alemão ou Alemão culto vão muito além de um sotaque ou de algumas expressões. Não é como sair do Sul do Brasil e conversar com alguém do Norte. A coisa vai muito além. É praticamente uma outra língua que, para quem não conhece, lembra o alemão. Depois que você começa a aprender a língua, o Suíço nem lembra mais a língua Alemã.

Isso dificulta um pouco a aprendizagem, mas a gente continua firme. Um pouquinho a cada dia. rs Eu já consigo entender o que me é dito e assistir um ou outro programa de TV. Também consegui assistir no cinema o filme Monster & Alien e entender boa parte. Falta agora a coragem de abrir a boca e falar, já que a minha pronuncia é uma tragédia a parte.

Bem, falei tudo isso pra dizer que não entendo mais o que a minha filha fala. rs A danada está aprendendo Suíço e Alemão. Quando ela dana a cantar em Suíço é um Deus nos acuda. Não entendo nada.

Para se ter uma idéia do tamanho da diferença, vou dar alguns exemplos:

Auf wiedersehen = Auf wiederlüge (não sei se se escreve assim)

Fish = Egli

Fahrrad = Velo

Guete = Gute

Socorroooooooooooooooooooooo.


Abraço,
Carol

domingo, 5 de abril de 2009

Nada como um dia atras do outro e um churrasco no meio

Oi pessoal,
voltei. rs Agora sou eu e nao aquele ser depressivo que se apoderou de mim no ultimo mes. Acho que a tristezinha era falta de farinha. Nao sei nem descrever a sensacao de colocar a primeiro colher de farofa na boca depois de um ano de abstinencia.

Ando bem adolescente esses dias. Sexta, briguei com o marido e achei que o mundo ia se acabar. Quase pulei de um pe de alface. Sabado, recebi pessoas queridas (como isso ajuda a recarregar as baterias) e fiz o nosso primeiro churrasco em terras suicas, com direito a farofa, maionese, vinagrete, picanha e guarana. E hoje, hoje o dia esta lindo, o sol esta brilhando, as flores estao brotando e eu estou, exageradamente, feliz.

Espero que essa alegria dure. Minha instabilidade emocional ja esta ate perdendo a graca. rs So pode ser a crise dos trinta. Um pouquinho atrasada, diga-se de passagem. Mas ate que faz algum sentido. A tal crise nada mais e que se perguntar se alcancou o que queria, se conseguiu atingir os objetivos que vc tracou. Quando fiz trinta eu estava: casada com o amor da minha vida, com uma filha linda, um bom emprego, amigos queridos. Eu estava onde eu imaginava estar.

Dois anos depois.... Eu ainda estou casada com o amor da minha vida e tenho a filha mais maravilhosa do planeta mas, profissionalmente, estou no buraco. Dai vem os questionamentos que nao tinham acontecido aos trinta. Escolhi a carreira certa? Vou conseguir um emprego que me realize? Sou mesmo competente?

Enfim, crise. Agora acho que consegui organizar novamente as coisas na minha pobre cabecinha e voltar ao meu tracado. Antes de vir eu tinha me dado um prazo de um ano e meio para voltar ao mercado de trabalho. Esse prazo ainda nao terminou.

Abraco grande,
Carol

ps.: Hoje fomos ao lago. Tinha um grupo peruano com aqueles instrumentos de sopro maravilhosos. Minha filha pediu para parar e assistir. Ali, abracada com o meu marido, de mao dada com a minha filha, o lago, o sol... Me deu uma coisa. Chorei de felicidade. Foi um daqueles momentos que a gente congela na memoria. Daqueles que fazem tudo valer a pena.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Que que eu estou fazendo aqui?

Quantas vezes vc ja se perguntou isso desde que foi morar fora? Hoje esta e a pergunta que nao sai da minha cabeca. Vai sem acentuacao mesmo pq o querido marido deixou essa bomba com o teclado alemao.

Bom final de semana,
Carol

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Brincadeira da Meme

Pessoal, estou em estado de graça. rs Depois vocês vão entender.

Enfim, respondendo à Sílvia, vou fazer a brincadeira da Meme.

As regras são as seguintes e devem estar escritas na postagem:
1 – Linkar a pessoa que te indicou.
2 – Contar seis coisas aleatórias sobre você.
3 – Indicar mais seis pessoas e colocar o link no fim do post.
4 – Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
5 – Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

Lá vai:

1- Desde que entrei no mundo dos blogueiros eu queria participar dessa brincadeira. Vivia me achando uma desenturmada pq ninguém nunca, nesses mais de dois anos de blog, lembrou de me indicar. rs Por isso estou, agora, realizada.

2 - Pareço segura. Vendo bem essa imagem de quem sabe, pode e faz. Mas é tudo fachada. Por dentro estou sempre aflita, querendo e buscando o acerto e a ordem. O que me denuncia é o hábito de roer unhas.

3 - Não gosto de dormir só. Nunca gostei. Quando eu era pequena, esperava todo mundo dormir e procurava um cantinho para mim. Às vezes, era no quarto do meu irmão. Outras vezes me enfiava entre os meus pais. Fui crescendo e ficando mais corajosa, dormia com a minha cachorra. rs Lá pelos 18, eu fui morar fora. Não dava para pedir ombrinho para colega de república então o jeito foi arrumar bichinhos de pelúcia para abraçar. Ainda hoje, sozinha não durmo. Se o maridão tem que viajar, ponho a filhota na minha cama ou vou para a dela.

4 - Gosto de dançar. Amo. Dançar foi, sem dúvida, um dos meus maiores prazeres durante muito tempo. Daí casei e fui ficando quietinha. Hoje, quase nunca dançamos e eu sinto uma falta danana. Engraçado que fazia tempo que eu não pensava nisso. rs

5 - Sempre quis trabalhar de uniforme. Acho lindo e nunca tive um emprego que precisasse. Já quis ser aeromoça só para aprender a me maquiar daquele jeito e andar sempre elegante. rs

6 - Choro sem motivo. Tem dia que me dá uma coisa por dentro. Parece que eu sou mais feliz do que devia. Daí vem uma angústia e eu choro. Choro como se não fosse haver amanhã. De lavar o travesseiro e a alma. Daí me sinto pronta para outra e é como se nada tivesse acontecido.


Indico para a brincadeira:
Monike: Nós em Zurique
Ninha, Doane e Christal: 2much ice
Cau e Jão: Brincando no Gelo
Fla: Fla...Lá...no Canadá
Dan, Maria e Gabi: Colorados no Gelo
Rogério: Os lima no Canadá

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Níver brasileiro na Suíça




Olá,
a Leila teve o seu primeiro aniversário em terras suíças e eu tive, também pela primeira vez, a oportunidade de cuidar de tudo by myself. rs Não que não seja possível se fazer aqui um aniversário nos moldes brasileiros. Possível é, desde que você esteja disposto a desembolsar uma fábula pagando por esse luxo (um cento de salgados pode chegar fácil fácil a 50 francos).

Enfim, nós não estamos querendo e nem podendo gastar tanto. Fui para a cozinha fazer os salgados e chamei reforço para os docinhos . Fizemos uma decoração simples e honesta e, no final, tivemos, na minha opinião, o melhor aniversário de todos os tempos. rs Quer dizer, o melhor aniversário da Leila de todos os tempos.

Locamos um salão comunitário que tinha um espaço pequeno para adultos, mas um vão enorme e cheio de brinquedos para as crianças (7 ao todo). Pouca gente, pouco estresse. Todo mundo se deu bem e a festa foi um verdadeiro sucesso. Ainda mais que, no final da festa, todo mundo ajudou a arrumar a bagunça e trazer as tranqueiras de volta para casa.

A cada dia nós descobrimos uma nova aptidão, uma nova capacidade e essa sensação de "ser capaz de mais" é inexplicável. Saber que você pode fazer as coisas acontecerem... Enfim, não sei mesmo explicar o que tem sido para mim a experiência (desde caixas que se transformam em móveis até zona que vira ordem, tudo saindo das minhas mãos). Só me vem uma palavra em mente: "gratificante".

Um abraço,
Carol

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Furacão Paula O.

Cara...o véio.

Só essa expressão brasiliense pode descrever com precisão o tamanho do nosso espanto com a loucura da Paula Oliveira, que confessou ter inventado que foi atacada por Skinheads e perdido gêmeas.

Como assim? Pára tudo que eu quero descer.

Sem mais, dou o assunto por encerrado e volto a cuidar da minha vidinha.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Brasileira torturada


Acho que todo mundo no Brasil já deve estar sabendo o que aconteceu por aqui. Mas o resumão é: uma mulher brasileira, grávida de gêmeos foi torturada e perdeu os bbs. Os autores da agressão eram skinheads. No hospital, o inspetor de polícia teve a audácia de dizer que, se fosse mentira, ela seria processada. Enfim, foi agredida por não ser suíça, não por ser brasileira. Poderia ter sido uma chilena, uma chinesa ou uma turca.


Claro que todo mundo ficou indiganado. Claro que ficamos assustados, afinal, poderia ser eu ou o meu marido. A covardia não tem limite, fizeram com ela, pq não fariam com crianças? Poderia ter sido, então, a minha filha em um dos passeios da escola.


O pior é saber que, em função do partido de extrema direita, o sentimento xenofóbico está sendo incentivado, principalmente entre os jovens, e esse tipo de violência, da qual não há defesa ou prevensão, pode voltar a acontecer. Para isso, basta que a sociedade suíça, tão orgulhosa de suas virtudes, continue a aceitar a veiculação de propagandas preconceituosas e desinformativas que nos classificam (a todos os imigrantes) como corvos ávidos pela cidadania suíça. Basta que continuar assegurando a liberdade de propagação de idéias racistas e xenofóbicas. No início do post tem um exemplo dessa publicidade tão abertamente discriminatória que seria proibida em qualquer outro país da Europa.
Enfim, continuo me sentindo segura na Suíça. Não acredito que o que aconteceu seja regra ou vá se tornar uma regra, pois tenho confiança que a maioria da população pensa diferente e age diferente, mas a minha imagem da Suíça ficou sim manchada e só vai voltar a ser a mesma se esses idiotas forem punidos e essa mulher for tratada com dignidade.
Abraço,
Carol

update: Fiz o que pude para continuar acreditando na conterrânea, mas ficou difícil. rs De toda estória inventada, fica só a vergonha. Nenhuma mancha na imagem que eu tinha da Suíça e de suas instituições uma vez que, agora, vemos que a polícia só estava protegendo a moça de uma exposição desnecessária.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Oi pessoal,
desculpe o sumiço é que tanta água rolou debaixo dessa ponte. Ano passado foi o ano das novidades, acho que esse vai ser o das descobertas que, por incrível que parece, devem ser mais internas que externas.

Em um primeiro momento, a correria do dia-a-dia, a reorganização de rotina, conseguir uma casa, mobiliar o ap, aprender a viver... Tudo isso consumia a gente e não dava tempo para pensar. Foi tudo meio no automático.

Depois de tudo estabelecido (claro que ainda falta muita coisa, mas viver já não é um desafio tão grande), eu pude perceber que eu não sou a mesma Carol, o Ênio não é mais o mesmo e a Leila também não é mais a mesma criança. Como assim? Aonde é que eu estou? Que família é essa? rs
Eu descobri não só que posso confiar mais na minha equipe, como também posso confiar mais em mim. Sou capaz, somos todos capazes. Isso gente, não tem preço. O incrível é que eu tenha precisado sair do Brasil para descobrir que o meu marido pode ser um pai maravilhoso e que a minha filha é uma menina de ouro.

Por que eu tive que vir tão longe? Porque, no Brasil, a gente nunca seria tão testado. No Brasil, eu não teria que encarar criança doente, casa, comida, roupa para lavar (Leila adoeceu bem no dia mensal da lavagem de roupa).

Meu marido nunca teria que acordar às 6 da matina para lavar roupa e voltar do trabalho na hora do almoço para trazer comida pq eu não consegui cozinhar. Ele nunca teria que ficar com a Leila para eu poder descançar.

No Brasil, a minha filha nunca participaria de TODAS as atividades da casa. No Brasil, eu tinha com quem deixá-la quando ia fazer compras e pagar contas, por exemplo. Lá, eu podia ficar brincando com ela e focar toda a minha atenção enquanto outra pessoa limpava a nossa casa e cozinhava pra gente. No Brasil, eu não tinha que pegar 3 ônibus para chegar no hospital infantil com uma criança com febre e ainda fazer a coitada andar um bocado....

Então, é sovando que o pão cresce. rs Minha família cresceu em qualidade e eu só tenho a agradecer cada sovada que levamos.

Um abraço,
Carol


obs.: Seguem fotos que a Leila tirou na câmera dela.



domingo, 4 de janeiro de 2009

E que venha 2009

Olá,
mais um ano lindo se inicia. rs Estamos meio sumidos pq o Ênio conseguiu duas semanas de folga (a do Natal e a do Ano Novo) e, quando não estávamos morgando, fizemos muitos passeios interessantes e nos divertimos muito.

O ano de 2008 foi fantástico. Vivemos muitoooooooooooooo e de uma vez só. Tivemos que aprender tudo novamente. Aprendemos a cozinhar, a andar de ônibus, a ler um mapa (e como lemos mapas nesses últimos meses), aprendemos a nos virar sem nenhuma ajuda e estamos aprendendo a falar. Ainda como bebês, entendemos algo do que nos é dito, mas não sabemos responder. rs Isso, para mim é uma tortura. Sempre fui e continuo sendo uma tagarela.

Enfim, foi um ano inteiro de aprendizagem. Nem tudo foi indolor, nem tudo foi gostoso, mas, no balanço geral, 90% foi positivo. rs Hoje somos pessoas maiores, nos sentimos maiores. Nosso horizonte está maior.

Profissionalmente, o meu caminho ainda é longo e, sinceramente, nem sei por onde começar. Esse foi o meu ano pessoal. O ano de trabalhar em mim, de me conhecer e me reconstruir. Sem a fachada de jornalista, sem nenhum rótulo, sem nenhum refúgio. Eu tive que me olhar e ver quem eu sou. Cresci. Vi que podia ser uma mãe melhor, uma esposa melhor, uma mulher melhor, que a casa podia me dar algum prazer e vários desprazeres. Enfim, aprendi a ter mais calma, a ser mais doce, a ter menos medo e usar menos máscaras.

Para coroar esse ano, resolvemos passar a virada à nossa maneira. Juntinhos, quietinhos e quentinhos em um hotel. rs Essa era a exigência: dormir em um hotel. A cidade pouco importava. Corremos para a net e vimos que o melhor custo benefício era ir para Basiléia. Nem olhamos a previsão do tempo. Passamos o dia 31 inteiro andando debaixo de chuva e neve. Mas valeu a pena. A cidade é linda e o dia 1 estava com um solzinho maravilhoso (2 graus) e sem chuva.

No dia seguinte recebemos o convite para ir andar de trenó. Nossa, meu coração chega saltou pela boca. Eu sempre quis andar de trenó. Foi uma experiência fantástica e acessível mesmo para descordenadas como eu. Entramos o ano com chave de ouro e já estamos atrás dos equipamentos para fazer disso o nosso esporte de inverno. rs

Que esse ano nos reserve ainda mais supresas e alegrias,

Um abraço,
Carol

obs.: A novela Canadá... aguardem os próximos capítulos.