segunda-feira, 26 de maio de 2008

Seu apartamento tem nome? O meu tem.

Oi pessoal,
cada dia aparece mais um colega blogueiro feliz com o trabalho do consulado. rs Todo mundo recebendo o pedido de examos, até nós. Parabéns para todos, a gente bem sabe o quanto foi sofrida a espera para cada um de nós. Agora vamos ao assunto do post: o nome do meu apartamento. rs

Aqui na Suíça os endereços são todos bem curtinhos, tipo Glauberstrasse 5, 8050, Zurich. Ah tá. Mas isso é uma casa? Um prédio? Pode ser uma casa, pode ser uma portaria (cada portaria do prédio tem um número e, portanto, um endereço diferente). Por exemplo, Glauberstrasse 7, 8050, Zurich, pode ser o mesmo prédio do endereço anterior. E por que cada portaria tem um número? Precisa? O pior é que precisa. Os apartamentos não tem números. Já pensou o carteiro procurando em 30 caixinhas de correio o nome do indíviduo. Aqui, tanto no interfone, como na caixa de correio, quanto na sua campanhia, está escrito o nome de todos os adultos que vivem na casa. Aqui na nossa porta está escrito: Ênio S. Pereira e Ana. C. R. Pires, se tivéssemos o mesmo nome poderia ser Fam. Pereira. rs



Não é muita exposição? É sim. Mas se você não colocar o nome, além de não receber nenhuma correspondência ainda pode ser multado. É assim mesmo, todo mundo sabe o nome de todo mundo. Como disse um amigo nosso carioca:"Isso no Rio ia ser uma festa para os bandidos". Aqui a criminalidade não chega a ser um problema. Todo mundo se sente seguro. Todo mundo está seguro. Assim, qual o problema de ter o nome na porta. Fica mais fácil para o seu vizinho se apresentar (e eles realmente se apresentam). rs

É uma lógica inversa à nossa, do Brasil. As pessoas entram no zoológico e deixam os carrinhos de bbs na porta. Sem correntes, sem amarras, sem senhas, sem nada. É delas, ninguém vai pegar. rs O mesmo com os carrinhos de compra que quase todos têm aqui (muita gente prefere fazer compras de ônibus e, pasmem, não ter carro, como opção). Os carrinhos, enfileirados, na frente do supermercado. Ninguém pega, tem dono. Mochilas, notebooks... você vê com freqüência coisas de valor aparentemente sozinhas na rua. Nós já começamos a nos soltar. rs Já conseguimos brincar com a Leila nos parques e deixar as mochilas afastadas em um banco qualquer, mas sempre de olho. rs Certos vícios só se perdem com o tempo.

Um abraço,
Carol

6 comentários:

Anônimo disse...

Olá, venho acompanhando o seu blog há um tempo, mas agora tenho que comentar. Essa de "certos vícios só se perdem depois de um tempo" é bem verdade. Apesar de estar com o processo de migração para o canadá rolando, estou na Alemanha por um período de 2 meses a trabalho. Trouxe minha bicicleta comigo e sempre que saio vejo muitas bicicletas sem cadeado e ninguém por perto. Já fiz isso também, no mercado, mas confesso que tentei ser o mais breve possível e não conseguia parar de pensar em como estaria a bicicleta. Outro dia a mesma coisa, mas não me aguentei, prendi no poste, mas de maneira bem simples, diferente do que faço no Brasil. Sem dúvida a preocupação com o bem solto fica ali nos atormentando mesmo estando em um país seguro. E essa sensação de segurança (quando ela é bem aproveitada) é sem dúvida magnífica.

Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Oi meu amores,
Isso é fantastico mesmo. Acostumar com o que é bom é bem rapidinho..rsrs..um beijão enorme..saudadessssssssssssss

Sandro e Família disse...

Carol

Demora um pouco mas a sensação de civilidade e segurança vai te acompanhar daqui pra frente.
O difícil depois vai ser quando vier visitar a família no Brasil descobrir que por aqui nada mudou, e que mesmo tomando todas as precauções nada garante que seus bens e sua vida estarão seguros.

Pq somente sua campainha é de cor diferente ?? Isso aqui na nossa industria judicial já daria processo de discriminação..rsss

Abração

Ninha disse...

Carol, é tão dificil imaginar isso...Mas civilidade é uma palavra que não existe no dicionário do brasileiro.
Parabéns pelos exames !!!!

Aproveite bem essa sensação de segurança pq aqui a cada dia piora.

bjs grandes

Ninha e Dodo

Carol, Ênio e Leila disse...

Oi Sandro,
sabe que eu não tinha percebido na cor da campanhia. rs Fui lá e conferi. Tem a minha e mais uma que são pretas, todo o resto é branco. Será que dá processo?

Um abraço,
Carol

K disse...

Isso para nós, brasileiros, chega a ser surreal, né? Imagina! Nosso nome completo gravado na portaria do prédio! Tsc, tsc. E deve ser delicioso ir se livrando desses vícios e perceber que a vida pode ser bem mais leve!

Beijo,

K.